O RETORNO DO CRISTO

Cristo no Segundo Advento deve realizar, na terra, o ideal de Deus que foi deixado irrealizado na Primeira Vinda... Ele deve nascer na carne na terra.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Milagre da Multiplicação dos Pães e o Sinal do Profeta Jonas


O Milagre da Multiplicação dos Pães e o Sinal do Profeta Jonas

*Paulo Roriz Scremin

É bastante comum nos depararmos com pessoas que oferecem grande resistência aos ensinamentos do Reverendo Moon, utilizando-se de uma alegação já bastante antiga: “Se o Reverendo Moon é um homem de Deus, como vocês dizem, mostre-nos os seus milagres”! De fato, levando-se em conta o atual estagio de degradação das religiões, somente um verdadeiro milagre fará com que as pessoas voltem a ter o antigo fervor religioso.

Há dois mil anos atrás, Jesus Cristo deparou-se com este mesmo tipo de problema. Ele nasceu com a missão de construir o Reino de Deus, tanto na terra como no céu, e evidentemente precisava receber total apoio das pessoas da sua época. Mas infelizmente os acontecimentos em torno da sua vida foram bem outros, a começar do seu nascimento. De acordo com Lucas, Maria ficou por três meses na casa de sua prima Izabel, esposa do grande sacerdote Zacarias. Pelos escritos de Lucas podemos concluir que a gravidez de Maria pareceu bem aos olhos de Izabel, que sentiu-se honrada com a visita da prima. Mas três meses depois Maria deixou aquela casa, iniciando um curso de vida imensamente doloroso, que acabou levando Jesus a nascer em um estábulo, com as condições mínimas de sobrevivência. Onde estavam Izabel e Zacarias naquele momento? Por que não continuaram apoiando a jovem Maria? Os Evangelhos não falam mais nada acerca destes dois personagens… Como os políticos e os “pacifistas” de hoje, falaram bonito, mas nada fizeram para apoiar o seu Senhor.

Maria passou a viver ao lado de José, que não era o pai de Jesus, mas que a amava com grande paixão. Podemos deduzir que algumas vezes José tentou saber, através de Maria, quem era o pai daquele menino. Afinal de contas, naquele tempo José ainda não era um santo católico – era apenas um judeu bondoso, e por mais bondoso que fosse, não era de ferro… Alem disso, embora a tradição afirme o contrário, os Evangelhos nos revelam que Maria teve vários outros filhos com José (Marcos 3.21,31-35; João 7.5). Um deles, de nome Tiago, tornou-se um cristão após a morte de Jesus e chegou a ocupar lugar de destaque na Igreja cristã de Jerusalém (Gálatas 1.19). Desta forma, Jesus ocupava, na família de José, a posição de um “filho de pai desconhecido”, sendo o motivo de prováveis desentendimentos entre sua mãe e o pai adotivo.

É bastante conhecido o fato de que Jesus, com apenas doze anos de idade, acabou ficando sozinho em Jerusalém, após as festividades da páscoa (Lucas 2.41-52). Encontrado após três dias, o menino estava no templo, conversando com os doutores. Ao ler-se esta história, é comum enfatizar-se as palavras do menino Jesus, afirmando que “tratava dos negócios de seu Pai”. Mas isto não justifica a desatenção dos pais para com ele. Afinal de contas, deixar um menino de 12 anos para trás, sem saber onde e com quem ficou, é no mínimo uma santa irresponsabilidade… Mais tarde Jesus demonstrou o seu descontentamento com as atitudes de sua família, deixando de atender a um chamado de sua mãe e irmãos (Marcos 3.31-35), tornando claro para seus seguidores que os seus “verdadeiros familiares” eram aqueles que faziam a vontade de Deus. Afinal de contas, nenhum dos seus parentes procuraram ouvi-lo (João 7.5); ao contrário, achavam que ele estava louco! (Marcos 3.21). Já nas bodas de Canaã a frase: “mulher, que tenho eu contigo?” (João 2.4) soa dura demais aos nossos ouvidos, principalmente se proferida por um filho como Jesus. Só poderá ser compreendida se considerarmos a existência de algo bastante inconveniente na atitude de Maria.

Não se tem conhecimento de como transcorreu a vida de Jesus entre os 12 e 30 anos de idade. Pode-se concluir, no entanto, que não deve ter sido muito fácil. Ao iniciar sua missão pública, aos trinta anos, Jesus foi ao encontro de seu primo-irmão, João Batista, bastante conhecido e respeitado por muitos. Esperava contar com o apoio de João para levar a cabo a sua formidável missão. Afinal de contas, desde o seu nascimento ele estava prometido para ser o profeta do Altíssimo, e ir “ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos” (Lucas 1.76). Sabemos, no entanto, que João deu testemunho de Jesus como “o filho de Deus”, capaz de tirar o pecado do mundo, mas parou por aí. Não foi suficientemente humilde para ouvi-lo, e muito menos apóia-lo. Ao contrário, João Batista continuou batizando “do outro lado do rio Jordão”, pregando a vinda do Cristo, como se nada tivesse ocorrido. Havia um “grande rio” separando os judeus dos cananeus, Jesus de João Batista!

Jesus procurou os líderes fariseus, mas foi completamente rejeitado. Passou, então, a pregar nas Sinagogas, mas logo foi ameaçado pelos líderes e obrigado a afastar-se. Dirigiu-se, então, para a orla marítima da Galiléia, na tentativa de encontrar alguém que quisesse ouvi-lo. Lá, entre os humildes pescadores, encontrou os irmãos Pedro e André, e os filhos de Zebedeu, Tiago e João. Com eles Jesus dirigiu-se a Cafernaum, para ensinar. Vendo que Jesus tinha poder para repreender os maus espíritos e efetuar curas, uma multidão de enfermos e endemoninhados se acercou dele, obrigando-o a fugir. Afinal de contas, a sua missão principal era ensinar a Palavra de Deus (Marcos 1.32-39).

O próximo discípulo a se unir ao grupo de Jesus foi Levi, também chamado Mateus, o cobrador de impostos. Com este pequeno grupo Jesus ampliou o seu trabalho de divulgação do Evangelho, e uma grande multidão começou a reunir-se em torno deles. A maioria era constituída de indivíduos que pouco tinham a dar para a construção do Reino de Deus. Estavam mais interessados nas curas espirituais e na expulsão dos demônios do que em ouvir as Palavras de Deus. Outros vinham apenas por causa do pequeno lanche que às vezes era distribuído. Alguns, dos fariseus, eram inimigos mesmo, e estavam ali para investigar o que Jesus fazia (Marcos 3.20-23).

Embora Jesus e os seus cinco primeiros discípulos estivessem trabalhando duro, poucos eram aqueles que efetivamente se mostravam interessados em apoiar o seu trabalho. Mais de cinco mil pessoas já haviam ouvido as palavras de Jesus e o grande milagre da multiplicação dos pães já havia ocorrido, mas o grupo de discípulos continuava pequeno. Naquele momento eram apenas doze, que pregavam o evangelho, faziam curas e expulsavam demônios. Jesus reuniu-os a sós, num lugar deserto, para que repousassem um pouco. “Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer” (Marcos 6.30-31).

Os discípulos de Jesus estavam cansados e bastante contrariados, com o coração endurecido, lamentando por demais o insucesso em suas atividades. Afinal de contas, tanto trabalho para tão pouco! Milhares de pessoas ouviram as Palavras de Deus, mas quantos estavam ali, com Jesus? Somente doze! Era, de fato, entristecedor.

Jesus procurou, então, consolar os seus discípulos. Afinal de contas, eles não haviam compreendido o “milagre dos pães”, e estavam magoados (Marcos 6.52).

Jesus era o “Pão que desceu do céu”, levedado pelo bom fermento, e todos precisavam comer deste pão. Mas Jesus era um homem, nascido na terra, filho de Maria. Do céu eram o seu espírito, a sua doutrina, as suas palavras. Assim, o alimento especial que Jesus tinha para dar não era o pão terreno, que alimenta o corpo físico, mas a Palavra de Deus, o pão do céu, que alimenta a alma. Este era o pão que Jesus queria multiplicar. E isto Ele procurou fazer desde o primeiro instante de sua missão.

Aqueles que experimentaram do pão divino, e efetivamente apreciaram, começaram a se unir a Jesus. Pedro, André, Tiago, João e Levi foram os cinco primeiros discípulos. Foram os primeiros a apreciar o pão do céu, e receberam a incumbência de multiplica-lo. De casa em casa, nas praças, diante das multidões, eles procuraram multiplicar a Palavra de Deus, o pão do céu, sob o comando e bênção de Jesus Cristo. Na parábola da multiplicação dos pães, vemos que Jesus pergunta: Quantos pães tendes? Eles já sabiam quantos haviam, e responderam: cinco pães e dois peixes! Ora, se Jesus era o pão que desceu do céu, porque falava as Palavras de Deus, os discípulos, que multiplicavam as suas palavras, não eram outra coisa senão “pedras transformadas em pães”, pelas palavras e amor de Jesus. De fato, os cinco pães representavam os cinco discípulos que Jesus abençoou e deu para a multidão, para que o ajudassem a distribuir o pão, não o pão de trigo, que endurece e azeda, mas a Palavra de Deus, que ressuscita e traz alegria! Os peixes são dois cristãos neófitos, que ajudaram os discípulos na empreitada.

Após muito tempo de atividade, poucos haviam se unido ao grupo. Afinal de contas, “o vento era contrário, e as ondas do mar eram assustadoras”, e aqueles pobres pequeninos muito pouco puderam fazer. A doutrina dos fariseus estava impregnada em todas as mentes e corações, soprando ventos contrários à Palavra de Deus. Embora muitas curas tivessem sido operadas, os fariseus insistiam em pedir a Jesus um sinal do céu (Marcos 8.11). Ora, se a multiplicação de pães fosse literal, com a produção de mais de cinco mil pães de trigo, não teria sido isto um grande sinal? Por que os fariseus pediam, ainda, um sinal do céu? Porque a multiplicação de pães de trigo só existiu na parábola, assim como a serpente falante e o fruto proibido só existem nas narrativas simbólicas do livro de Gênesis.

Após a multiplicação dos pães, todos comeram e ficaram saciados. E sobraram doze cestos cheios de pães (Marcos 6.41-44). Para os tradicionais leitores da Bíblia, acostumados a interpretar a parábola como um milagre, a multiplicação foi tão eficiente que, pasmem, sobraram doze cestos cheios de pão!

Para Jesus, no entanto, as coisas não foram tão bem assim. Percebendo a tristeza no coração de seus discípulos, disse-lhes: “Guardai-vos do fermento dos farizeus e do fermento de Herodes” (Marcos 8.15). De fato, os seus discípulos eram pessoas muitos simples, ainda fracas na fé, e sentiam grande dificuldade para enfrentar os poderosos fariseus e suas doutrinas. Muitas vezes ficaram confusos diante das palavras daqueles líderes, e vieram a Jesus, pedir explicações (Mateus 17.10). Concluíram, então, que a falta de êxito em sua missão devia-se ao pouco conhecimento que tinham da Palavra de Deus, e sentiram-se desanimados em continuar. Simbolicamente isto foi representado pela “falta de pão”. Percebendo isto, Jesus perguntou:

“Para que arrazoais que não tendes pão? Não compreendestes ainda? Tendes ainda o vosso coração endurecido? Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos não ouvis, e não vos lembrais? Quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Disseram-lhe: doze.” (Marcos 8.17-19)
“Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus? Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus” (Mateus 16.11-12).

Embora os discípulos tivessem divulgado a boa doutrina (o fermento de Jesus), os farizeus representavam um grande empecilho à conquista de novos discípulos (multiplicação dos pães), posto que suas doutrinas (fermento dos farizeus) eram totalmente opostas aos ensinamentos de Jesus. Os cinco pães haviam sido partidos por Jesus entre cinco mil pessoas, mas foram levantados apenas doze cestos! Em outras palavras, mais de cinco mil pessoas ouviram a Palavra de Deus, que Jesus trouxe, transmitida pelos cinco primeiros discípulos, e no final apenas doze pessoas permaneceram ao lado do mestre! A causa de todo esse insucesso estava na doutrina dos farizeus, o mau fermento, que impedia que as pessoas aceitassem o Evangelho de Jesus. Assim como o vinho novo (novas palavras de Jesus) deve ser colocado em odres novos (pessoas ressuscitadas, pessoas de fé), o pão multiplicado (evangelho de Jesus) deveria ser colocado em muitos cestos (pessoas que aceitassem o Evangelho e se tornassem verdadeiros discípulos de Jesus). Mas Jesus acabou morrendo numa cruz, negado até mesmo pelo líder dos discípulos.

Voltando à pergunta mencionada no início do texto, eu, e não o Reverendo Moon, parafraseando Jesus, respondo: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas”. E qual foi o grande sinal do profeta Jonas? Será que Jonas foi importante por causa dos três dias que ficou no ventre de uma baleia? (Mateus 12.40). Para quem se atém à letra e aos símbolos, sim. Para Jesus, o grande sinal do profeta Jonas foi o fato dele ter conquistado Nínive em apenas quarenta dias, levando todo o povo e seus governantes ao arrependimento! (Mateus 12. 41). Isto foi um grande milagre!

O Reverendo Moon iniciou o seu trabalho de pregação de uma nova mensagem inspirada por Deus em 1945, na Coréia. Apesar de todos os obstáculos criados pelos comunistas ateus e líderes religiosos incrédulos, o Princípio Divino, ensinado pelo Reverendo Moon, atingiu todas as nações do mundo. Em 1960 ele estabeleceu o Matrimônio Sagrado dos Verdadeiros Pais e de lá para cá vem incentivando a formação de Famílias Verdadeiras sob a Bênção de Deus. Estas novas famílias juraram um comprometimento absoluto com o Amor Verdadeiro, comprometendo-se a banir o adultério e o sexo livre de suas vidas e a trabalhar duramente para que este ideal seja estabelecido em toda a terra, pela formação de um número cada vez maior de Famílias Verdadeiras. E o “milagre da multiplicação das Famílias Verdadeiras” é hoje um fato mundialmente conhecido. Se o sinal do profeta Jonas, que conquistou a “grande” cidade de Nínive, com mais de 120 mil homens, impressionou Jesus, que diria Ele do Reverendo Moon, que já conquistou mais de 430 milhões de casais no mundo inteiro, levando-os a participar da cerimônia de Bênção do Matrimônio Sagrado? Não é isto um grande sinal de Deus e o maior dos milagres?

O reverendo Moon e sua esposa têm viajado pelo mundo inteiro, promovendo encontros de re-avivamento espiritual e incentivando os jovens e os casais já formados a receberem a Bênção de Deus através do Matrimônio Sagrado. As pessoas de bem, especialmente os bons líderes religiosos, devem procurar compreender a grandiosidade do trabalho que o Reverendo Moon tem realizado, unindo-se à ele na conquista de resultados cada vez maiores na direção da Providência de Deus. Convém lembrar que foram os líderes religiosos e não os ladrões, nem as prostitutas, os maiores empecilhos para a divulgação dos Evangelhos de Jesus Cristo.

* O autor é engenheiro civil (Universidade Federal do Paraná) e licenciado em matemática (Universidade Católica do Paraná).


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